Não veja o jejum como
uma espécie de penitência que você faz com o intuito de persuadir a Deus a
fazer algo que ele não quer fazer. O jejum não muda a Deus. Ele é o mesmo antes,
durante e depois de seu jejum. Mas, jejuar com certeza
mudará você. Vai lhe ajudar a ser mais sensível ao Espírito de Deus.
O jejum não
atinge a Deus, mas toca em nossa carne. O jejum não tornará Deus mais bondoso ou
misericordioso para conosco, mas ele está relacionado à nossa necessidade de
romper com as barreiras e limitações da carne e do corpo. O jejum desperta
o nosso espírito pois mortifica a carne e aflige a nossa alma.
Qualquer um que
procura mais intimidade com Deus já percebeu o quanto o nosso corpo pode ser um
obstáculo para essa comunhão. Quando jejuamos o corpo se abate, o nosso
espírito se levanta e nossa fé é liberada com mais ousadia e podemos ter mais
enchimento do Espírito Santo.
Não é por acaso
que o Senhor Jesus falou da ilustração dos odres novos e velhos justamente
quando ensinou sobre o jejum.
“Ninguém põe
vinho novo em odres velhos; do contrário, o vinho romperá os odres; e tanto se
perde o vinho como os odres. Mas põe-se vinho novo em odres novos.”
(Mc.2:22).
O odre era um
recipiente feito de couro usado para colocar o vinho no seu processo de
fermentação. O problema é que o odre quando ficava velho se ressecava e perdia
a elasticidade. O vinho novo, ainda em processo de fermentação, precisava ser
colocado num odre novo que pudesse se expandir na medida em que ele fermentasse.
Se o vinho novo fosse colocado naquele odre velho e ressecado ele se romperia
por causa da expansão causada pela fermentação.
Com essa
ilustração Jesus estava ensinado que o vinho novo que Ele traria (o Espírito
Santo) deveria ser colocado em odres novos, e o odre (ou recipiente do vinho) é
o nosso corpo. Creio que o Senhor está dizendo com isto que o jejum tem
o poder de “renovar” o nosso corpo. A Escritura ensina que a carne milita
contra o espírito, e a melhor maneira de receber o vinho do Espírito, é entrando
num processo de mortificação da carne.
Todo homem de
Deus concorda que o propósito primário do jejum é mortificar a carne para nos fazer
mais sensíveis ao Espírito Santo. Não pense, porém, que o jejum tem
algum poder nele mesmo como uma espécie de poder mágico. Não tenha fé nojejum, tenha fé em
Deus.
A verdade é que
o jejum ajuda a liberar a nossa fé. A fé está
em nosso espírito e quando o espírito é liberado a fé se manifesta. Quando
Jesus disse aos discípulos que não puderam expulsar um demônio por falta de jejum (Mt.17:21),
ele também disse que o problema era a falta de fé (Mt.17:19,20). O Senhor disse
que o jejum e a fé formam uma combinação
explosiva.
O jejum ajuda
a liberar a fé! O que nos dá vitória sobre o inimigo é o que Cristo fez na cruz
e a autoridade do seu nome. O jejumem si não nos faz
vencer, mas libera a fé para o combate e nos fortalece, fazendo-nos mais
conscientes da autoridade que nos foi delegada.
Mas apesar do
propósito central do jejum ser a mortificação da carne, vemos
vários exemplos bíblicos de outros motivos para tal prática:
1. O jejum ajuda
na preparação para um trabalho especial
Os jejuns feitos
por Moisés e Elias foram sobrenaturais, pois um ser humano não pode sobreviver
por quarenta dias sem beber água. Todavia o princípio demonstrado pelo exemplo
deles permanece. Antes de iniciarmos uma obra especial designada por Deus
precisamos orar e jejuar. A obra que desempenharam era tremendamente grande dai
a necessidade de um jejumsobrenatural. O
nosso chamado também exigirá de nós um tempo de oração e jejum.
O Senhor Jesus
jejuou quarenta dias antes de começar o seu ministério, mas parece que ele
bebeu água, pois ao final se diz que ele teve fome e não sede (Lc.4:2). A
preparação do Senhor para iniciar o seu ministério envolveu muito jejum e
oração.
Outro exemplo
importante são os líderes da Igreja em Antioquia. A Palavra de Deus diz que
eles estavam orando e jejuando quando o Espírito Santo falou para separarem a
Paulo e Barnabé para o ministério (Atos 13:2).
O Jejum certamente
está associado com uma unção nova para realizar a obra de Deus. Pastores
deveriam ser ordenados ao ministérios depois de um período de jejum e os
líderes deveriam jejuar antes de assumirem qualquer encargo na igreja local.
2. O jejum está
associado com o arrependimento
Depois de
ouvirem a pregação de Jonas os ninivitas se arrependeram com jejum. As escrituras afirmam que tal foi o
arrependimento deles que até os animais tiveram de jejuar (Jn. 3:5-8).
Não é por acaso
que logo depois de se encontrar com o Senhor no caminho de Damasco, Paulo
jejuou três dias antes que Ananias fosse ter com ele (Atos 9:8-9). Paulo jejuou
porque o arrependimento profundo envolve renúncia e abstinência. Onde há
arrependimento verdadeiro, ali haverá choro e não festa, jejum e
não banquete. O jejum é uma demonstração de contrição e de
desejo de ter intimidade com Deus.
3. O jejum está
ligado com o poder espiritual
Depois que os
discípulos tentaram expulsar o demônio e não conseguiram Jesus disse que há
certas castas que só saem com oração e jejum.
Então, os
discípulos, aproximando-se de Jesus, perguntaram em particular: Por que motivo
não pudemos nós expulsá-lo? E ele lhes respondeu: Por causa da pequenez da
vossa fé. Pois em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de
mostarda, direis a este monte: Passa daqui para acolá, e ele passará. Nada vos
será impossível. Mas esta casta não se expele senão por meio de oração e jejum. Mt 17:21
O jejum em
si mesmo não tem poder algum. Mas quando estamos de jejum a
nossa oração é intensificada e a fé é liberada e nestas circunstâncias o poder
de Deus pode ser liberado. Existe uma profunda ligação entre poder espiritual e jejum. Se nos sentimos vazios e sem poder espiritual,
então é tempo de buscar a Deus com jejum e oração.
Em Lucas 4:14
lemos que depois de um tempo de jejum e luta espiritual o Senhor retornou no
poder do Espírito. Nós sabemos que o Senhor Jesus foi ungido por Deus a partir
do momento de seu Batismo por João no rio Jordão. Mas ele foi claramente
lançado numa nova dimensão depois desse período de oração e jejum. Caso contrário, Lucas não teria mencionado da
maneira que o fez.
4. O jejum está
ligado a tempos de tribulação
Se o jejum tem
a capacidade de liberar a nossa fé, então ele é absolutamente vital em tempo de
luta e tribulação. Podemos ver isso em muitos lugares da Palavra de Deus.
Quando Hamã se levantou para destruir o povo de Deus, Ester pediu que todo o
povo jejuasse três dias pela libertação (Et. 4:16).
Samuel conclamou
o povo ao jejum por causa da guerra (I Sm. 7:6-10) e
Josafá fez o mesmo quando enfrentou o inimigo mais forte e mais numeroso (II
Cr. 20:3).
A verdade é que
o jejum libera um nível novo de fé. O que mais
precisamos nos dias de guerra é de fé. Se você está enfrentando um tempo de
lutas espirituais faça a proclamação de um jejum na sua casa (Ed. 8:21-23.)
Tocai a trombeta
em Sião, promulgai um santo jejum, proclamai uma
assembléia solene. Joel 2:15
5. O jejum ajuda
a vencer as tentações
O jejum de
quarenta dias que Jesus realizou revela o método mais eficaz de enfrentar
Satanás e suas tentações, derrotando-o.
A seguir, foi
Jesus levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. Mt. 4:1
O versículo dois
do capítulo quatro do Evangelho de Lucas declara que:
Durante quarenta
dias, sendo tentado pelo diabo. Nada comeu naqueles dias, ao fim dos quais teve
fome. Lc. 4:2
Quando Jesus foi
conduzido ao deserto pelo Espírito Santo para ser tentado pelo diabo, Ele
entrou em um tempo prolongado de oração e jejum por quarenta dias. Sabemos que o
Senhor não faz nada por acaso. Então podemos dizer que sem esse tempo de Jejum ele
não poderia vencer aquelas tentações.
Aqui está um
propósito que deveria ser escrito com letras de fogo dentro de nós. Não se
consegue vencer a Satanás e seus demônios sem disciplinar o corpo. Há certos
tipos de pecados que nos assediam de forma tão extraordinária que eles somente
podem ser vencidos com jejum e oração. Foi o Senhor quem disse:
Esta casta não
pode sair senão por meio de oração e jejum. Mc. 9:29
6. O jejum está
associado com a Intercessão
A grande oração
de intercessão feita por Daniel foi acompanhada de jejum e
pranto (Dn.9:3, 10:2,3).
O segundo
período de quarenta dias de jejum de Moisés tinha como objetivo a
intercessão pelo povo, por causa do pecado que haviam cometido contra Deus e a
ameaça de destruição.
Prostrado estive
perante o Senhor, como dantes, quarenta dias e quarenta noites; não comi pão e
não bebi água, por causa de todo o vosso pecado que havíeis cometido, fazendo
mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira. Pois temia por causa da ira e
do furor com que o Senhor tanto estava irado contra vós outros para vos
destruir; porém ainda esta vez o Senhor me ouviu. Dt. 9:18-20
Aqueles que
provam da intimidade com Deus serão dominados pelo mesmo amor e compaixão pelos
perdidos. O jejum está profundamente relacionado com o
nosso encargo de orar pela salvação dos amigos e parentes que ainda estão sem
Cristo. Sentenças de morte podem ser revogadas, transgressões podem ser
perdoadas e os corações podem ser transformados quando intercedemos diante de
Deus em jejum.
7. O jejum nos
ajuda a crescer na vida cristã
O jejum não
é um mandamento, mas Jesus diz que ele faria parte de nossas vidas assim como a
oração e a contribuição. No capítulo 6 de Mateus quando Jesus dava a
constituição do reino ele falou de três coisas que todo discípulo deveria fazer
e ensinou a maneira correta de fazê-las. Ele disse:
· “Quando
deres...”(v. 2);
· “Quando
orardes...” (v. 5) e
· “Quando
jejuardes...” (v. 16).
Ofertar, orar e
jejuar são as três dobras de uma corda espiritual que não pode se romper (Ec.
4:12). Essas três coisas quando praticadas juntas produzem solidez na vida do
discípulo. Todos concordam com a importância da oração, alguns ofertam
sistematicamente, mas muito poucos cristãos realmente possuem a disciplina do jejum. Precisamos apenas nos lembrar que se Jesus, que
podia todas coisas, teve de jejuar, muito mais nós teremos de jejuar para
romper com as cadeias espirituais.
Mateus 9:15 é a
passagem mais importante sobre jejum. Ali Jesus
afirmou que quando o noivo fosse retirado então os convidados jejuariam. Hoje é
o tempo em que o noivo nos foi tirado, portanto, hoje é o tempo em que devemos
jejuar.
Paulo é para nós
um modelo e ele também diz que o jejum era parte integrante de sua vida
cristã (II Cor. 6:5).
8. O jejum intensifica
a nossa comunhão com Deus
Lucas 2:37
afirma que Ana não saía do templo, mas adorava noite e dia em jejuns e oração.
O jejum é uma grande ferramenta para aumentar
nossa sensibilidade espiritual e assim propicia a comunhão mais íntima com o
Senhor.
Atos 13:2 também
diz que os líderes da igreja de Antioquia serviam a Deus com jejuns. Não
podemos dizer que servimos a Deus da maneira do homens de Deus do Novo
Testamento se não jejuamos (At.13:2).
O jejum intensifica
a nossa comunhão com Deus por meio da oração e também demonstra a intensidade
do nosso desejo por aquilo que estamos buscando diante de Deus. Se jejuamos
para buscar intimidade isso mostra que ansiamos pelo Senhor mais do que pela
comida.
Em I Coríntios 6
Paulo diz que o Cristão não deve ser dominado por coisa alguma.
Todas as coisas
me são lícitas, mas nem todas convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu
não me deixarei dominar por nenhuma delas. I Cor. 6:12
O jejum é
uma forma de disciplinarmos nosso corpo para não sermos dominados por coisa
alguma. Alguns gostam de afirmar que não conseguem viver sem isso ou aquilo,
mas um cristão só pode dizer que não vive sem o Senhor. Precisamos esmurrar o
nosso corpo e o reduzir a escravidão para sermos aprovados diante de Deus (I
Cor. 9:27, Sl. 35:13).
Aqueles que
jejuam sabem que o jejum traz para fora coisas ocultas do
coração. Quando a força do corpo diminui então afloram os apetites escondidos
na alma.
Mas é na vida de
Moisés que encontramos o propósito último do Jejum. O próprio Deus
disse para Moisés para simplesmente ficar na sua presença.
Tu, porém,
fica-te aqui comigo, e eu te direi todos os mandamentos, e estatutos, e juízos
que tu lhes hás de ensinar que cumpram na terra que eu lhes darei para
possuí-la. ( Dt 5:31).
Certamente não
há nada mais grandioso que permanecer na presença poderosa de Deus Pai. Mas
essa intimidade profunda está disponível somente para aqueles que deixam até
mesmo as necessidades mais básicas da vida a fim de se concentrarem
inteiramente em Deus.
9. O jejum nos
ajuda a receber a Palavra
“Eu te darei
todos os mandamentos, estatutos e juízos que tu lhes hás de
ensinar..”. Dt 5:31
A coisa mais
importante na vida de um homem de Deus é receber a Palavra viva do Senhor. Não
podemos falar da parte de Deus, se não recebemos a sua Palavra revelada. O jejum é a
maneira de Deus para nos prover de toda instrução e revelação espiritual.
Moisés foi
chamado para o monte para receber a revelação da palavra de Deus, mas para isso
ele deveria subir em jejum.
Subindo eu ao
monte a receber as tábuas de pedra, as tábuas da aliança que o SENHOR fizera
convosco, fiquei no monte quarenta dias e quarenta noites; não comi pão, nem
bebi água. Deu-me o SENHOR as duas tábuas de pedra, escritas com o dedo de
Deus; e, nelas, estavam todas as palavras segundo o SENHOR havia falado
convosco no monte, do meio do fogo, estando reunido todo o povo. Dt. 9:9-10
10. A disciplina
do jejum nos protege do erro
Paulo se
referindo aos falsos mestres diz que “o destino deles é a perdição, o deus
deles é o ventre (estômago), e a glória deles está na sua infâmia, visto que só
se preocupam com as coisas terrenas (Fp 3:19). Temos de ter cuidado para não
permitir que o estômago comande a nossa vida e seja o nosso deus. Alguns, na
verdade, obedecem o estômago mais do que o próprio Deus.
Comer em si não
é uma coisa má e não é o inimigo. Mas quando o desejo de comer está acima
de tudo ele se torna um perigo. Um desejo mais forte de comer do que
buscar a Deus torna-se um inimigo. Você pode abrir mão de uma refeição
para gastar tempo com Deus?
Quantas vezes
nós temos faltado nosso tempo com Deus porque acordamos atrasados e decidimos
tomar café da manha em lugar de ler a Bíblia? Pois é. Quem é o seu
Deus?
Eu creio que uma
vez que você decide jejuar o Senhor lhe dará uma graça especial para chegar ao
fim, porque o Senhor olha o coração. Mas você terá de tomar a decisão de tirar
o seu estômago do trono e isso envolve disciplina. Não existe discipulado sem
disciplina e não existe disciplina mais importante que o jejum.
Uma vez eu ouvi
alguém dando um conselho dizendo para uma moça que o caminho para o coração de
um homem passa pelo seu estômago. Eu imagino que isso seja verdade e que o
diabo sabe disso também.
Existem muitos
exemplos bíblicos que mostram o quanto a indisciplina com a comida pode ser
negativa. Desde o princípio, por exemplo, nós sabemos que o homem caiu pelo
estômago. Você e eu sabemos que o homem só caiu no Édem por que ele viu que “a
árvore era boa para se comer e agradável aos olhos” (Gn. 3:6). O estômago foi o
primeiro a cair. Foi depois de uma refeição agradável que o homem se escondeu
no meio das árvores do jardim. E hoje sofremos as consequências do apetite
deles.
Um outro exemplo
é Sodoma e Gomorra. Nós sempre pensamos que o pecado de Sodoma e Gomorra estava
relacionado com sexo e perversões. Isto certamente está em Gênesis, mas nem
todos sabem que a comida foi também uma causa.
“Eis que esta
foi a iniqüidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera
tranqüilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o
necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em
vendo isto, as removi dali” (Ez. 16:49-50).
Veja as três
causas aqui: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade. A história
sempre se repete, onde há ociosidade e fartura de comida ali surgirá a
sensualidade e toda sorte de dissolução.
Você também já
deve ter ouvido falar de Esaú, o irmão de Jacó. Ele perdeu a bênção por causa
de um prato de comida.
Jacó possuía
muitos erros, mas no fim recebeu a bênção no lugar de Esaú. E porque Esaú
perdeu a bênção? Ele talvez fosse uma pessoa melhor do que Jacó, mas era
escravo do seu estômago.
“Esaú respondeu:
Estou a ponto de morrer; de que me aproveitará o direito de primogenitura? Deu,
pois, Jacó a Esaú pão e o cozinhado de lentilhas; ele comeu e bebeu,
levantou-se e saiu. Assim, desprezou Esaú o seu direito de primogenitura” (Gn.
25:32 e 34).
O autor de
Hebreus nos adverte para não sermos como Esaú que foi chamado de impuro e
profano.
Nem haja algum
impuro ou profano, como foi Esaú, o qual, por um repasto, vendeu o seu direito
de primogenitura” (Hb. 12:16).
Trocar coisas
espirituais por comida é se tornar impuro e profano aos olhos de Deus.
Por fim todos
conhecemos o exemplo do povo de Israel murmurando no deserto. Depois que Deus
libertou o povo da escravidão do Egito ele os conduziu para o deserto onde por
quarenta anos os sustentou com o maná. Eles nunca ficaram doentes, porque era
uma comida perfeita dos céus. No entanto a Bíblia diz :
“E o populacho
que estava no meio deles veio a ter grande desejo das comidas dos egípcios;
pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar e também disseram: Quem nos dará
carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que, no Egito, comíamos de graça; dos
pepinos, dos melões, dos alhos silvestres, das cebolas e dos alhos. Agora,
porém, seca-se a nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná” (Nm.
11:4-6).
Deus ouviu a
reclamação deles e, como qualquer filho pode testemunhar, não é uma boa ideia
reclamar da comida da mãe. Então o Senhor disse:
“Amanhã e
comereis carne; porquanto chorastes aos ouvidos do SENHOR, dizendo: Quem nos
dará carne a comer? Íamos bem no Egito. Pelo que o SENHOR vos dará carne, e
comereis. Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco, nem dez, nem ainda
vinte; mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis
dela, porquanto rejeitastes o SENHOR, que está no meio de vós, e chorastes
diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?” (Nm. 11:18-20).
E eles comeram
até se empanturrarem, mas enquanto ainda estavam com a carne entre os dentes
veio o juizo sobre eles e muitos morreram (v. 33).
Deus tinha
bênçãos sobrenaturais para os israelitas no deserto, mas eles preferiram seus
apetites do corpo. Muitos não têm recebido mais de Deus porque ainda são
governados pelo rei estômago. Deus quer derramar suas bênçãos sobrenaturais em
nossas vidas, mas precisamos entender que ele deseja que jejuemos e oremos.
O que acontece se sairmos de um Jejum?
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