quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Décimo Dia A doença dos gálatas - Jejum De Daniel

Nos dias de Paulo, as igrejas da Galácia estavam sofrendo de uma enfermidade espiritual. Eu
gosto de chamar esse problema de doença dos gálatas. Ainda hoje, essa doença tem
contaminado a igreja do Senhor e precisamos nos livrar dela.
Como essa doença se manifesta? Ele pode ser percebida na forma como os crentes se
relacionam com Deus. Eles creem que foram salvos pela graça, mas vivem no seu dia a dia se
relacionando com Deus com base na lei do merecimento. Por causa disso, eles sentem que, em
um momento, Deus está zangado com eles, pois não conseguiram cumprir os mandamentos; em
outro, Deus está contente, pois fizeram boas obras.
Quando Deus está zangado, Ele os pune com doenças e outras pragas, mas quando eles
cumprem os mandamentos, Deus os abençoa. O resultado disso é que, para muitos, a vida cristã
é algo pesado e cansativo, e mesmo que não digam isso, pensam que somente supercrentes
conseguem vivê-la. Nunca se sentem qualificados para coisa alguma na casa de Deus, pois não
conseguem cumprir todos os mandamentos. Dizem que Deus os ama, mas não conseguem viver
esse amor no cotidiano. Eu creio que a origem dessa relação problemática com Deus é a doença
dos gálatas.
A doença dos gálatas é que eles misturaram as duas alianças. Eles tentaram criar um tipo de
doutrina que combinava um pouco da graça e um pouco da lei do Velho Testamento. Observando
a forma severa como Paulo tratou esse problema, podemos concluir que se trata de algo muito
perigoso para a igreja do Senhor.
É interessante ver que a igreja de Corinto era muito carnal, no entanto Paulo nunca diz a eles: “Ó
coríntios tolos!”. Mas Paulo se refere aos irmãos da Galácia dizendo: “Ó gálatas insensatos!” (Gl
3.1). Precisamos ter em mente que a igreja de Corinto era uma grande bagunça. Os irmãos eram
divididos em muitos partidos. Uns dizendo que eram de Paulo, outros de Apolo, e outros de Pedro.
Havia até um grupo superespiritual que se declarava o grupo de Jesus. Eles estavam envolvidos
em rixas, invejas e alguns deles estavam indo para templos pagãos com prostitutas. Havia crente
processando o outro em tribunais seculares e os irmãos estavam usando os dons espirituais de
forma errada. Inacreditavelmente, eles se embriagavam no dia da ceia e até diziam que a
ressurreição já tinha acontecido. Era um verdadeiro caos.
Em nossos dias, tal igreja talvez nem fosse considerada realmente cristã evangélica.
Surpreendentemente, Paulo nunca se refere a eles como tolos. No entanto, quando escreve aos
gálatas, ele os chama de insensatos. Num português mais moderno, é o mesmo que chamá-los
de estúpidos.
Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto
como crucificado? (Gl 3.1).
Paulo falou aos coríntios de forma positiva e cheia de fé declarando que não lhes faltava nenhum
dom e que Deus era fiel para preservá-los irrepreensíveis até o dia de Cristo.
Sempre dou graças a meu Deus a vosso respeito, a propósito da sua graça, que vos foi dada em
Cristo Jesus (1 Co 1.4).
Os gálatas, por outro lado, não viviam em tanta confusão e pecados grosseiros, mas Paulo os
chama de tolos, estúpidos. Por que tanta dureza? A resposta é simples: nossa conduta é fruto de
nossa crença. Se temos uma crença errada, mais cedo ou mais tarde, isso se revelará numa
conduta errada. Crer corretamente sempre produz um viver correto.
Precisamos ter muito cuidado com aquilo em que cremos, pois teologia sempre resulta em
comportamento. Na verdade, nossas ações são o fruto de nossa fé, daquilo em que cremos. Se
cremos de maneira errada, o resultado será um comportamento errado. Não adianta tentar mudar
nossa conduta sem primeiro mudar aquilo em que cremos.
Nunca se esqueça de que teologia e experiência cristã andam juntas e não podem ser separadas.
Por isso, Paulo ficou tão indignado. Não era por causa do comportamento do gálatas, mas por
causa da fé. Afastar se do evangelho da graça é afastar se do Deus da graça. Voltar para as obras
da lei é desligar-se de Cristo como um galho se desliga do tronco de uma árvore. É por isso que
Paulo diz que os gálatas estavam traindo a Cristo e não apenas a um ensino.
Uma doutrina errada é pior do que um comportamento errado
É fácil perceber o contraste absoluto entre o tratamento de Paulo com a igreja de Corinto e as
igrejas da Galácia. Aos gálatas, Paulo disse: “Ó gálatas insensatos [tolos]!” (Gl 3.1). O tom severo
de Paulo mostra como ele estava bravo.
Não parece muito lógico para nós que Paulo fosse tão duro com os gálatas e fosse tão brando
com os coríntios que tinham o costume de se embriagarem na ceia e até de comerem despachos
oferecidos a entidades. Eu creio que a atitude severa de Paulo com os gálatas mostra o que é
prioritário para Deus. Aos olhos de Deus, é pior crer numa doutrina errada do que ter um
comportamento errado. Por favor, não me entenda mal, não estou dizendo que Deus aceita o
pecado, estou apenas dizendo que uma fé errada é pior do que um comportamento errado.
Não é difícil entendermos a razão disso. Se cremos da maneira certa, teremos a provisão de Deus
para vencer um comportamento errado. Mas se cremos errado, não há esperança de mudança de
comportamento.
Você pode ficar muito triste porque seus filhos não tomam banho. Eles já estão fedendo, pois
ficam vários dias sem se banharem. Esse é um problema sério? Depende. Se houver água na
casa, a situação pode se resolver. Enquanto há água no chuveiro, há esperança de que eles
mudem seus hábitos. Você fica triste, mas sabe que é só pegá-los e colocá-los debaixo de uma
ducha quente.
Todavia, se não há água na casa, os chuveiros foram removidos e seus filhos passam a dizer que
não precisam mais de água para viver, então você sabe que agora não há esperança de mudar o
comportamento errado. Nessa alegoria, você já entendeu que a falta de banho é o comportamento
errado, mas a ausência de água é a doutrina errada.
Não existem doutrinas neutras, teologias neutras. Tudo aquilo em que cremos vai afetar o nosso
comportamento. Se sua vida cristã não tem avançado, é porque há algum ensino errado. Há
alguma convicção em desarmonia com a verdade do evangelho.
Quando surgiu o comportamento errado dos coríntios, Paulo foi paciente com eles, pois ele sabia
que a graça de Deus era suficiente para mudar a bagunça em que eles se meteram. Por causa
disso, Paulo podia falar de forma positiva, chegando mesmo a dar graças a Deus por eles (1 Co
1.4). Mas, quando surgiu o ensino errado entre os Gálatas, ele foi muito duro, pois sabia que, sem
a graça de Deus, não haveria esperança para eles.
Paulo começou dizendo: “Admira-me [...]”. Usando uma linguagem atual, diríamos: “Estou
chocado com vocês!” (Gl 1.6). E o que estava deixando Paulo tão chocado?
Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para
outro evangelho, o qual não é outro, senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter
o evangelho de Cristo (Gl 1.6,7).
Os gálatas estavam se distanciando da graça de Cristo atraídos por outro evangelho. Mas não era
exatamente outro, era uma mistura do evangelho da graça com a lei de Moisés. Paulo lhes tinha
pregado o evangelho da graça, mas os judaizantes tinham espalhado a lei entre eles. A graça e a
lei tinham sido misturadas. O problema é que, quando misturamos graça com lei, o resultado é
mais lei ainda. Quando misturamos vida com morte, o resultado é morte.
Os gálatas não tinham realmente abandonado a fé no Senhor Jesus, o problema é que eles
estavam misturando o evangelho com a lei. Ainda criam que a salvação era por meio de Cristo,
mas tinham sido enganados com o ensino de que precisavam agora guardar a lei. Começaram na
graça, mas agora tentavam se aperfeiçoarem na lei.
Hoje, a igreja evangélica padece do mesmo problema. Não abandonaram a graça do Senhor para
serem salvos, mas acrescentaram o esforço próprio da lei para se santificarem. Vivemos a
geração da barganha com Deus. Estamos constantemente tentando trocar nossa obediência por
bênçãos. Pensamos que, por nossos méritos próprios e nosso esforço pessoal, iremos agradar a
Deus. Isso nada mais é que acrescentar a lei ao evangelho.
Não subestime a doença dos gálatas. Nós vivemos rodeados por crentes infectados por ela ainda
em nossos dias. Infelizmente, pode ser que você mesmo esteja vivendo debaixo de um evangelho
misturado.
Toda mistura perverte o evangelho
Os gálatas estavam abandonando a pureza do evangelho da graça e o estavam misturando com a
lei. Eles não deixaram de crer em Cristo, mas acrescentaram a lei. Esse é um perigo constante
que enfrentamos em nossa vida cristã. Constantemente, somos tentados a voltar para a lei. Como
podemos saber se estamos misturando a graça com a lei?
• Se a obra da cruz não faz diferença no seu dia a dia, esse é um sinal de que você
depende das obras da lei.
• Você crê que foi salvo pela graça, mas acredita que a santificação é pelo esforço próprio,
então ainda vive pela lei.
• Quando pensa que Deus está zangado com você. É verdade que Deus se ira por causa do
pecado, mas nós somos lavados pelo sangue do Cordeiro. Deus só nos vê em Cristo. Sobre nós,
não há condenação nem ira de Deus
• Quando você pensa que agradamos a Deus pelo nosso esforço ou mérito pessoal. A
verdade é que estamos debaixo do amor e da aceitação de Deus por causa de Cristo.
• Quando pensa que a vitória sobre o pecado e o diabo é algo que é conquistado pelo nosso
esforço. Na verdade, a vitória é algo que recebemos pela graça. A verdadeira vitória não é
conquistada, mas é recebida de graça pela fé.
• Quando vive constantemente com sentimento de culpa e condenação por causa de seus
pecados. Quem acha que precisa se punir não entendeu que seus pecados já foram cravados na
cruz.
• Quando presume que a vida cristã é muito difícil e penosa. A verdade é que a lei é sempre
penosa, mas a graça traz paz e descanso.
• Quando você pensa que não merece receber a bênção. Se pensa que precisa ser
merecedor da bênção de Deus, então você ainda não entendeu a graça da bênção imerecida. Na
lei, você deve merecer para receber; na graça, você recebe sem merecer.
• Quando pensa que já esgotou a paciência de Deus. O fato é que, em seu conceito, apenas
as pessoas boas merecem receber graça. Mas isso é uma contradição, pois a graça é justamente
para quem não merece.
A diferença entre a graça e a lei
Segundo a lei, tudo depende do homem e da sua obediência. Segundo a graça, tudo depende de
Jesus e do que Ele realizou na cruz. A lei exige justiça; mas a graça concede justiça. A lei diz:
“Faça!”. Mas a graça diz: “Eu faço por você!”.
A lei diz para um homem que está ficando calvo: “Você não pode ficar careca!”. O pobre coitado
tenta segurar o cabelo na cabeça, mas é obrigado a dizer: “Eu não consigo evitar, meu cabelo
está caindo!”. A graça, porém, diz: “Receba um novo cabelo!”. Tudo o que homem necessita fazer
para receber graça é crer. Tudo sobre a lei tem a ver com você olhando para si mesmo. Mas tudo
sobre a graça tem a ver com você vendo a Jesus.
Você consegue perceber a gravidade da mistura da graça com a lei? Você não vai encontrar nas
igrejas um ensino exclusivo da lei. Você sempre vai ouvir um ensinamento combinando um pouco
de graça com a lei. Vai ouvir coisas como: “Você foi salvo pela graça, mas agora precisa se
esforçar para guardar os mandamentos”. Eles temem que o ensino da graça se torne
desequilibrado, então resolvem balanceá-lo com a lei. Mas, ao fazerem isso, estão mudando o
evangelho e tornando-o impotente pata mudar suas vidas.
Os crentes confessam sempre que foram salvos pela graça de Deus, no entanto vivem
procurando merecer as bênçãos de Deus com suas boas obras. Quando fazem algo bem feito,
eles esperam ser abençoados, mas quando falham, eles amontoam culpa sobre si e esperam ser
punidos. Foram salvos pela graça, mas vivem pela lei. Isso é mistura. Deus odeia a mistura.
Um paralelo entre a lei e a graça
Aquele que vive debaixo da lei invariavelmente sentirá em algum momento que está mal com
Deus. Esse sentimento vem porque os que vivem na lei pensam que precisam fazer coisas para
que Deus fique feliz com eles. Mas Deus já está feliz conosco por causa da obra perfeita do
Senhor Jesus na cruz. É comum encontrarmos irmãos dizendo que estão mal com Deus. Mas
como eles podem ficar mal com Deus se Jesus já pagou o preço pelos seus pecado?
Simplesmente porque pensam que sua relação com Deus depende de suas boas obras.
Pare de aceitar a acusação de que Deus está irado com você. Você deve desfrutar da paz, porque
aquele que foi justificado pela fé agora tem paz para com Deus. Gosto sempre de pensar em Ló e
sua família vivendo em Sodoma. Eles não estavam numa posição muito elevada espiritualmente,
pois claramente ele foi armando a sua tenda até ir habitar em Sodoma. No entanto, eles estavam
debaixo da aliança da graça. O Senhor mandou o anjo para destruir a cidade, mas veja o que o
anjo disse para Ló:
Apressa-te, refugia-te nela; pois nada posso fazer, enquanto não tiveres chegado lá. Por isso, se
chamou Zoar o nome da cidade. Saía o sol sobre a terra, quando Ló entrou em Zoar. Então, fez o
SENHOR chover enxofre e fogo, da parte do SENHOR, sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19.22-24).
É maravilhoso quando o anjo diz: “Não posso fazer nada enquanto não tiveres chegado lá”. A
presença de Ló impedia que a ira de Deus fosse derramada. Você também é como Ló, enquanto
você estiver aqui, a ira de Deus não pode ser derramada. A ira de Deus não está sobre você.
Nosso grande problema é que, frequentemente, ignoramos que estamos debaixo da nova aliança.
Lemos o Velho Testamento e presumimos que tudo ali se aplica a nós hoje, mas isso é um erro.
Não devemos voltar para coisa alguma da velha aliança. Isso não significa, porém, que vamos
ignorar o ensino do Velho Testamento. É evidente que não. Eu tenho ensinado o Velho
Testamento por muitos anos, e o que sempre digo aos alunos é que tudo ali é uma sombra da
realidade do Novo Testamento. Ensino sempre que estudamos o Velho Testamento como uma
grande ilustração que nos ajuda a compreender melhor o Novo Testamento.
Se fizermos como os gálatas e começarmos e aplicar em nossas vidas as cláusulas da velha
aliança, teremos um grande prejuízo espiritual. Vamos ver algumas diferenças vitais entre e a
nova e a velha aliança.
Sob a velha aliança da lei, Deus exigia justiça do homem. Se o homem quisesse se achegar a
Deus, ele deveria obedecer todos os mandamentos da lei para ser justo. Mas hoje, na nova
aliança, Deus transmite justiça ao homem através da obra consumada de Jesus (Rm 4.5-7).
Somos justos porque a justiça de Cristo foi transferida a nós pela fé. Não somos justos por causa
de nossas obras de obediência, mas por causa unicamente da fé em Cristo.
Na velha aliança, Deus disse que visitaria os pecados dos homens até a sua terceira e quarta
gerações (Êx 20.5). Mas hoje, sob a nova aliança da graça, a promessa de Deus é que Ele jamais
se lembrará dos seus pecados (Hb 8.12; 10.17). Muitos, vivendo hoje na nova aliança, estão
preocupados com maldições do Velho Testamento. Isso é contraditório. Declare que Deus não se
lembrará dos seus pecados por causa do sangue de Jesus e que a sua descendência será
abençoada.
Na antiga aliança da lei, os filhos de Israel só eram abençoados se obedecessem perfeitamente
aos mandamentos de Deus (Dt 28.13,14). Hoje, porém, na nova aliança, os crentes não
dependem mais dos próprios esforços para receber as bênçãos de Deus, porque Jesus cumpriu
todas as exigências da lei em seu lugar (Cl 2.14). Infelizmente, muitos ainda vivem debaixo da lei
e procuram cumprir os mandamentos com o fim de agradar a Deus e receber Sua bênção. Não
percebem que, fazendo isso, anulam a graça de Deus.
No Antigo Testamento, os filhos de Israel eram amaldiçoados se não obedecessem perfeitamente
aos mandamentos de Deus (Dt 28.15,16,18,20). Mas, na nova aliança, nós já fomos libertos de
toda maldição da lei. Estamos debaixo da graça de Deus porque a cruz Cristo já se tornou
maldição em nosso lugar (Gl 3.13).
Na antiga aliança da lei, as pessoas dependiam de seu esforço próprio para serem transformadas
e, mesmo assim, ninguém conseguiu. Mas hoje, na nova aliança, nós somos transformados de
glória em glória simplesmente por contemplarmos o Senhor (2 Co 3.18). Debaixo da graça, a
vitória é sem esforço.
No Velho Testamento, os filhos de Israel não podiam entrar no santo dos santos para desfrutar da
presença de Deus. Somente o sumo sacerdote podia fazê-lo, e apenas uma vez por ano, no Dia
da Expiação (Lv 16.2,14). Mas hoje, na nova aliança, os crentes podem chegar-se com ousadia
diante do trono de graça para encontrar misericórdia e graça em suas necessidades devido à
perfeita expiação de Jesus (Hb 4.16).
Não teria espaço para colocar aqui todas as diferenças, mas o fato é que não precisamos viver
como se estivéssemos no Velho Testamento. Não volte a depender de sua justiça própria, mas
confie inteiramente que “aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que,
nele, fôssemos feitos justiça de Deus (2 Co 5.21). Você foi feito justiça de Deus. Na velha aliança
da lei, os filhos de Israel não podiam ter um relacionamento íntimo com Deus, porque sua injustiça
os distanciava de Deus. Mas hoje você pode desfrutar de um relacionamento íntimo com Deus
como seu Pai, porque você foi feito justo pela fé em Jesus (2 Co 5.17; Rm 5.7-9; Hb 10.10).
Alimente sua fé confessando sua justiça em Cristo
Você não confessa que é justo a fim de se tornar justo. Você confessa que é justo porque já é
justo. Esta é a sua realidade por causa do sangue de Jesus que o justificou. Isso deve ser
aplicado a todas as verdades espirituais. Você já é rico porque Ele se fez pobre para que, pela
Sua pobreza, nos tornássemos ricos (2 Co 8.9). Nós confessamos a verdade para ficarmos mais
conscientes da sua realidade.
Em Gálatas 5.4, Paulo diz: “De Cristo vos desligastes, vós que procurais justificar-vos na lei; da
graça decaístes”. Depois de salvo, um crente pode decair da graça e voltar a confiar em seus
esforços para agradar a Deus. Existem crentes que preferem depender deles mesmos do que de
Jesus. Eles só dependem de Jesus para a salvação, mas, depois disso, eles pensam que é
responsabilidade deles se esforçar para ter sucesso em sua vida espiritual e natural.
Quando um crente rejeita a graça de Deus e volta a depender das suas obras para ser
abençoado, ele volta a ficar sob a maldição da lei. Essa rejeição da graça não significa que ele
perde a salvação, significa apenas que ele deixa de desfrutar das bênçãos plenas da graça de
Deus manifesta na obra de Cristo na cruz. Decair da graça não é cair no pecado, mas é voltar
para as obras da velha aliança da lei. É quando volta a depender de suas boas obras para ser
abençoado. Os que fazem isso caem debaixo da maldição da lei.
Todos quantos, pois, são das obras da lei estão debaixo de maldição; porque está escrito: Maldito
todo aquele que não permanece em todas as coisas escritas no Livro da lei, para praticá-las (Gl
3.10).
Pr. Aluizio A. Silva

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