A bênção de Obede-Edom

Texto: I Crônicas 13

A arca da aliança de forma bem especifica simboliza o Senhor Jesus, mas de uma forma genérica podemos dizer com a alegria que a igreja é  a arca hoje.

Deus falava com Moisés sobre a arca; hoje Deus fala através da igreja baseado em Hebreus 9:4, havia três coisas na arca da aliança:

·         A primeira era o varão de Arão que floresceu, que simboliza a ressurreição e a nova vida. Nós somos a nava criação que foi regenerada em ressurreição.

·         A segunda coisa era o Mána que simboliza o pão do céu. Hoje a igreja é o lugar onde o pão do céu é servido.

·         A terceira coisa era as tábuas da lei que simbolizam a revelação de Deus. A igreja é hoje o lugar onde a revelação do ministério de Deus é proclamado ao mundo.

Por isso tudo, dizemos que receber a igreja é receber a arca de Deus.

Em I Crônicas 13 temos a história do dia em que Davi tentou trazer a arca para Jerusalém em um carro de boi, mas o resultado foi desastroso. Uzá tocou a arca e morreu.

Certamente Davi perguntou quem gostaria de receber a arca em sua casa. Mas quem teria coragem de levar para dentro de casa algo tão perigoso?

Hoje temos muitas células espalhadas pela cidade. Receber uma célula em casa é receber a arca de Deus.

Obede-Edom, recebeu a arca em sua casa e por ela, a sua família e tudo o que possuía recebeu a bênção de Deus.

1.       As coisas de Deus nunca são neutras.

     Para Davi e seus soldados a Arca foi maldição, mas para Obede- Edom foi benção.

     O que determina se algo de Deus será bênção ou maldição é a nossa atitude.

     A ceia é uma bênção, mas na igreja de Corinto muitos estavam doentes e até já haviam morrido por participar dela de forma indigna e negligente (I Cor. 11:17-34).

2.                   Obede-Edom se dispôs a receber a arca correndo risco.

Sempre há muitas desculpas para não se servi a Deus. Uns poderiam dizer que tinha filhos pequenos que poderiam encostar-se à arca, outros talvez dissessem que eram sonâmbulos e poderiam tocar na arca dormindo.

A bíblia condena a mentalidade de voluntário, mas abençoa um coração voluntarioso para servir.

3.                   Obede-edom pagou o preço para ter a arca em sua casa.

Certamente toda a rotina da família teve que ser alterada.

·         Ele recebeu a arca como quem recebe o próprio Senhor.

Jesus disse:

     Quem receber um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá o galardão de justo.Mt 10:41.

Quem recebe uma célula como quem recebe a arca da aliança receberá o galardão e a bênção que está sobre a arca.

·         O anfitrião é o guardião do ambiente da célula.

É função do anfitrião produzir um ambiente propício para o fluir de Deus e agradável para os irmãos.

Durante as reuniões da célula não deve haver televisão ligada na sala ao lado, e nem outra reunião paralela (exceto a célula de criança). O anfitrião deve zelar para que nada atrapalhe o bom andamento da reunião.

·         Obede-Edom certamente evitava se ausentar de casa para ninguém tocar na arca indevidamente. O anfitrião deve evitar a todo custo estar ausente no dia da reunião.

        É desagradável ir a uma casa onde o dono não está presente.

·         Obede-Edom não entregou a casa e saiu, ante ele ficou ali para cuidar da arca. Há anfitriões que entregam a sua casa, mas não participam da célula. Isso é tomado pelas pessoas como indiferença e contrariedade.

 Os donos da casa devem ser mais do que sorridente e simpáticos; eles devem participar ativamente da célula.

 Uma coisa é deixar usar a casa para uma reunião da célula e outra coisa é ter o ministério de anfitrião. Ceder a casa é coisa de voluntário, mas receber a arca é para quem tem ministério.

4.       Obede-edom podia receber a arca porque era um levita (I Cro 26:1-4).

Ser anfitrião é um ministério. Somente aqueles que compreendem que são levitas podem receber a arca.

Cada anfitrião deve entender que esta desempenhando um ministério diante de Deus, e não meramente cedendo a sua casa para uma reunião.

Davi queria trazer a arca para Jerusalém. Esse era o mover de Deus. Isto todavia, deveria acontecer da maneira correta. A arca não pode ser trazida por carro de boi, mas um levita deve recebe-las e cuidar dela.

O anfitrião é uma peça chave na multiplicação da célula, assim como os levitas eram a chave para trazer a arca.

Se as pessoas que forem a uma célula não se sentirem a vontade, aquela célula jamais prosperará! Por isso, o anfitrião deve ser amável, hospitaleiro e receptivo, mantendo sempre um sorriso aberto para todos.

5. Obede-edom era um levita submisso ao rei.

Os exageros ocorridos na célula devem ser corrigidos pelo líder e não pelo próprio anfitrião.

Se o anfitrião tem algo a reclamar sobre qualquer coisa, desde a intimidade exagerada de algum irmão na casa, ou danos causados nos móveis, etc., deverá faze-lo ao líder, à parte, e nunca na frente do grupo. Cabe ao líder corrigir os problemas. Quando o próprio líder for o anfitrião, caberá ao auxiliar desempenho esse papel.

6.       A benção de Obede-Edom é a benção do anfitrião.

Onde a arca esta ali sempre será um lugar abençoado. A palavra de Deus diz que o Senhor abençoou a casa e tudo o que ele tinha. A bênção do anfitrião é a bênção da prosperidade e riqueza.

Nenhum anfitrião ficará mais pobre ou terá prejuízo com a arca. Se ele acolher a arca com o coração alegre ele receberá a bênção de Obede-edom.

Eliseu abençoou uma mulher estéril com um filho por causa de sua hospitalidade (II Rs. 4:8-15).

Se a sunamita soubesse que receberia uma bênção tão grande por ter feito algo tão pequeno ela o teria feito muitos antes.

Jesus disse que aquele que recebe o profeta na condição de profeta receberá o galardão de profeta. Mas e aquele que recebe o corpo de cristo como se fosse o próprio Cristo? Qual será o seu galardão.

O verdadeiro anfitrião recebe a igreja como se fosse o próprio Cristo, afinal a Arca é Cristo, mas também é a igreja.

Compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade (Rm. 12:13).

Seja recomendado pelo testemunho de boas obras, tenha criado filhos, exercitando hospitalidade, lavado os pés aos santos, socorrido a atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa obra (I Tm 5;10).

Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos (Hb. 13: 2).

Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração (I Pe. 4:9).