1.
Somente a pregação do evangelho gera fé
Somente
o evangelho tem poder para transformar o ho- mem, pelo simples fato que somente
a mensagem do evangelho tem poder para gerar fé no coração. Infelizmente muitos
hoje consideram a mensagem do perdão dos pecados como algo muito trivial para
ser pregado. Mas ele fosse realmente tão simples os crentes não viveriam debaixo
de derrota. Muitos crentes vivem debaixo de culpa e condenação porque nunca
foram ensinadas claramente sobre a verdade do evangelho.
E
porque vivem constante debaixo de condenação? Porque mistiraram o evangelho da
graça com a lei. Eles crêem que são salvos pela graça, mas também acreditam que
a comunhão com Deus depende deles guardarem os mandamentos da lei. Acredi- tam
que somente aqueles que cumprem os mandamentos têm as suas orações respondidas.
Vivem como se não fossem justificados pelo sangue.
É a
mensagem do evangelho que gera fé em nosso coração. Numa ocasião Paulo estava
pregando e um homem paralítico se encheu de fé para ser curado. Aquele homem
tinha nascido aleija- do e talvez pensasse que sua condição fosse resultado de
uma maldição divina, mas quando ouviu sobre o perdão dos pecados imediatamente
se encheu de fé e foi curado.
Em Listra, costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico
desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar
Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado,
disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés!
Ele saltou e andava. At. 14:8-10
A fé
vem pelo ouvir a Palavra, mas a Palavra do evangelho. Em Romanos 10:17 se diz
que a fé vem pelo ouvir a palavra de Cristo.
E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo.
Rm. 10:17
Somente
a palavra de Cristo pode gerar fé, e a palavra de Cristo é a mensagem do
evangelho de que fomos perdoados e justificados em Cristo. Era esse evangelho
que Paulo pregava e que encheu aquele paralítico de fé. Essa era a mensagem que
Pau- lo estava pregando e que encheu de fé o coração daquele aleijado.
Não
temos o relato de cada pregação de Paulo, mas em Atos 13 temos uma descrição do
conteúdo de sua pregação. Ele pregava o evangelho que fomos perdoados e
justificados em Cris- to Jesus.
Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de
pecados por intermédio deste; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de
todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés.
At. 13:38- 39
Precisamos
ser zelosos para pregarmos a mensagem do evan- gelho com clareza, a mensagem de
que o homem é justificado unicamente pela fé na obra de Cristo e não pelo seu
bom compor- tamento.
2. A pregação
da lei gera morte
Segundo
a lei tudo depende do homem e da sua obediência. Segundo a graça tudo depende
de Jesus e do que ele realizou na cruz. A lei exige justiça; mas a graça
concede justiça. A lei diz: “faça!” Mas a graça diz: “Eu faço por você!”
Tudo
sobre a lei tem a ver com você olhando para si mes- mo. Mas tudo sobre a graça
tem a ver com você vendo a Jesus.
O qual nos habilitou para sermos mi- nistros de uma nova aliança, não da
le- tra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. II Cor
3:6
Precisamos
saber claramente a diferença entre a Nova e a Velha Aliança. Se pregamos a
Velha aliança estamos pregando a letra que mata. Essa é a razão porque há morte
em nossos cultos.
Vamos
ver um paralelo entre a lei e a graça.
Sob a velha aliança da lei...
1. Deus exigia justiça
do homem.
2. Deus visitará os seus
pecados até a terceira e quarta gerações (Êx. 20:5).
3. Os filhos de Israel
só eram abençoados se obedecessem perfeitamente aos mandamentos de Deus – interna
e externamente (Dt. 28:13-14).
4. Os filhos de Israel
eram amaldiçoados se não obedecessem perfeitamente aos mandamentos de Deus (Dt.
28:15,16, 18,20).
5. Depender de esforço
próprio produz um comportamento sem transformação do coração.
Sob a nova aliança da graça ...
1. Deus transmite
justiça ao homem através da obra consumada de Jesus (Rm. 4:5-7).
2. Deus jamais se
lembrará dos seus pecados (Hb. 8:12; 10:17) ..
3. Os crentes não
precisam depender dos próprios esforços para receber as bênçãos de Deus, porque
Jesus cumpriu todas as exigências da lei em seu lugar (Cl. 2:14).
4. Os crentes podem
desfrutar das bênçãos e do favor imerecido de Deus porque, na cruz, Cristo se
tornou maldição por eles (Gl. 3:13).
5. Ao contemplar o
Senhor somos transformados na sua imagem de glória em glória. (2 Cor. 3:18).
Sob a velha aliança da lei...
6. Os sacrifícios de
sangue de animais cobriam os pecados dos filhos de Israel durante apenas um
ano; o processo tinha de ser repetido a cada ano (Hb. 10:3).
7. A obediência à lei
não tinha o poder de eliminar o pecado de suas vidas. A lei não tem poder para
tornar alguém santo, justo e bom.
8. Os filhos de Israel
eram desviados de sua confiança na bondade de Deus porque sempre olhavam para
si mesmos, para ver quão bem ou mal se saíam (estavam sempre conscientes de si
mesmos).
9. Os filhos de Israel
não podiam entrar no santo dos santos (onde estava a presença de Deus). Somente
o sumo sacerdote podia fazê-lo, somente uma vez por ano, no Dia da Expiação
(Lv. 16:2,14).
10. Os filhos de Israel
estavam sob o ministério da morte (2
Sob a nova aliança da graça ...
6. O sangue de Jesus
removeu os pecados – passados, presentes e futuros – dos crentes, completa e
perfeitamente, de uma vez por todas (Hb. 10:11-12).
7. O pecado não tem
domínio sobre os crentes (Rm. 6:14), pois o poder de Jesus para vencer a
tentação se manifesta quando eles sabem que são justos em Cristo,
independentemente de suas obras (Rm. 4:6).
8. Os crentes possuem
uma tremenda confiança e segurança em Cristo porque, agora, olham para Jesus e
não para si mesmos (estão conscientes de Cristo).
9. Os crentes podem
entrar na santa presença de Deus, como também podem chegar-se com ousadia ao
Seu trono de graça para encontrar misericórdia e graça em suas necessidades,
devido à perfeita expiação de Jesus (Hb. 4:16).
10. Os crentes estão sob
o ministério da vida abundante de Jesus (2 Cor. 3:6; Jo. 10:10).
Pregar
a velha aliança produz morte. Paulo diz no verso 7 que a Velha Aliança é o
ministério da morte. A principal causa de morte nas igrejas é a pregação da
lei.
3. A
pregação da lei não produz transformação
A lei
pode trazer condenação, mas ela não tem poder para transformar o homem. Somos
habituados e pensar que a trans- formação é fruto do nosso esforço e empenho,
mas Paulo diz que somos transformados apenas por contemplar o Senhor.
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a
gló- ria do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria
imagem, como pelo Senhor, o Espírito. II Cor. 3:18
Contemplar
é algo que não exige esforço humano. Eu pre- ciso apenas me disciplinar para
não ser distraído por outras coisas enquanto estou contemplando.
Na
Nova Aliança nós mostramos o Senhor em nossa pre- gação e quando as pessoas o
contemplam elas são transformadas.
4. A
pregação da lei não precisa de revelação do Espírito
A lei
é muito simples e se constitui na base do pensamento das religiões do mundo. Se
fizer o bem eu ganho, se fizer o que é mal eu perco. Ninguém precisa de
revelação do Espírito para en- tender esse princípio.
Mas a
verdade da graça é completamente diferente. É preci- so luz do Espírito para
que a pessoa entenda como aquele que não merece pode ser abençoado. É preciso
de revelação para en- tender que a nossa relação com Deus não é baseada em
nosso mérito. Se a luz do Espírito o evangelho é loucura. mas a lei é vista
como algo sensato.
5. A
lei é a árvore do conhecimento, mas a graça é a árvore da vida
A
Palavra de Deus diz que no princípio havia duas árvores no Éden: a árvore da
Vida e a árvore do conhecimento do bem e
do
mal. A árvore da vida aponta para o Senhor Jesus e consequentemente representa
a graça e o favor de Deus. A árvore do conhecimento do bem e do mal, por outro,
aponta para a lei. É a lei que faz conhecedores do bem e do mal. A vontade de
Deus nunca foi que comêssemos da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois o
resultado disso é morte. Paulo diz que o ministério da lei é morte (II Cor.
3:7).
O
conhecimento do bem e do mal que a lei traz não nos faz ficar mais próximos de
Deus, pelo contrário. Se estiver debaixo da lei a única coisa que você terá é
religião. Mas Deus está procuran- do um relacionamento conosco baseado na sua
bondade, no seu amor e na sua graça. Quando o homem compartilha da árvores do
conhecimento do bem e do mal, ele começa a depender dos seus esforços para
fazer o bem e manter-se longe do mal. E quan- do o homem depende do seu esforço
próprio, o resultado é o fracasso e morte.
Não
pense, porém, que a árvore do conhecimento do bem e do mal seja do diabo. Ela é
de Deus e foi o próprio Deus que a plantou no jardim. Mas ela não foi feita
para que o homem co- messe dela. No mesmo princípio, embora a lei do Senhor
seja santa, justa e boa, ela não foi concebida para que o homem a guardasse.
Todas
as religiões são baseadas na árvores do conhecimen- to do bem e do mal, todas
estão baseadas na lei, por todas escravi- zam o homem e não podem salvá-lo.
Certa vez C. S. Lewis foi convidado para um debate sobre religiões comparadas.
Ele era conhecido como cristão e era professor da Universidade de Oxford, assim
ele foi convidado para representar o cristianismo. A primei- ra pergunta que
foi feita aos representantes de cada religião foi: “o que a sua religião possui
de único em relação a todas as ou- tras?” Todos os debatores responderam, mas
nenhum pode falar de uma diferença grande entre eles, pois todas as religiões
seguem basicamente a lei Se o seguidor se comporta bem é abenlçoado, mas se age
mal é punido. Quando chegou a vez de C. S. Lewis responder ele disse: “Se eu
disser que os ensinos de Jesus e o seu
alto
padrão moral tornam o cristianismo único poderia ser que outros afirmassem que
seus mestres possuem esninamentos ele- vados também. Se disser que a ressurreição
faz do cristianismo único poderia ser que alguma outra religião também
afirmasse algo semelhante. Mas existe algo que torna o cristianismo único e
diferente de todas as outras religiões: a graça de Deus. Em toda religião os
bons sção abençoados e os maus são castigados, mas no cristianismo a graça de
Deus inverte esse lógica. Deus resolveu abençoar aquele que não merece, mas crê
na sua graça. Assim, quanto mais o homem é pecador, mais graça de Deus ele
experi- menta.
Saia
da religião e venha desfrutar da graça de Deus. Não há mais julgamento para
você. Pare de depender da árvore do conhe- cimento e viver uma religião vazia
como todas as outras. Não transforme o cristianismo numa religião. Não espere
conhecer o bem o e mal para ser justificado. Desfrute do que Cristo conquis-tou
para você na cruz.
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