domingo, 27 de abril de 2014

A pregação do Novo Testamento



1. Somente a pregação do evangelho gera fé
Somente o evangelho tem poder para transformar o ho- mem, pelo simples fato que somente a mensagem do evangelho tem poder para gerar fé no coração. Infelizmente muitos hoje consideram a mensagem do perdão dos pecados como algo muito trivial para ser pregado. Mas ele fosse realmente tão simples os crentes não viveriam debaixo de derrota. Muitos crentes vivem debaixo de culpa e condenação porque nunca foram ensinadas claramente sobre a verdade do evangelho.

E porque vivem constante debaixo de condenação? Porque mistiraram o evangelho da graça com a lei. Eles crêem que são salvos pela graça, mas também acreditam que a comunhão com Deus depende deles guardarem os mandamentos da lei. Acredi- tam que somente aqueles que cumprem os mandamentos têm as suas orações respondidas. Vivem como se não fossem justificados pelo sangue.
É a mensagem do evangelho que gera fé em nosso coração. Numa ocasião Paulo estava pregando e um homem paralítico se encheu de fé para ser curado. Aquele homem tinha nascido aleija- do e talvez pensasse que sua condição fosse resultado de uma maldição divina, mas quando ouviu sobre o perdão dos pecados imediatamente se encheu de fé e foi curado.
Em Listra, costumava estar assentado certo homem aleijado, paralítico desde o seu nascimento, o qual jamais pudera andar. Esse homem ouviu falar Paulo, que, fixando nele os olhos e vendo que possuía fé para ser curado, disse-lhe em alta voz: Apruma-te direito sobre os pés!
Ele saltou e andava. At. 14:8-10
A fé vem pelo ouvir a Palavra, mas a Palavra do evangelho. Em Romanos 10:17 se diz que a fé vem pelo ouvir a palavra de Cristo.
E, assim, a fé vem pela pregação, e a pregação, pela palavra de Cristo. Rm. 10:17
Somente a palavra de Cristo pode gerar fé, e a palavra de Cristo é a mensagem do evangelho de que fomos perdoados e justificados em Cristo. Era esse evangelho que Paulo pregava e que encheu aquele paralítico de fé. Essa era a mensagem que Pau- lo estava pregando e que encheu de fé o coração daquele aleijado.
Não temos o relato de cada pregação de Paulo, mas em Atos 13 temos uma descrição do conteúdo de sua pregação. Ele pregava o evangelho que fomos perdoados e justificados em Cris- to Jesus.
Tomai, pois, irmãos, conhecimento de que se vos anuncia remissão de pecados por intermédio deste; e, por meio dele, todo o que crê é justificado de todas as coisas das quais vós não pudestes ser justificados pela lei de Moisés. At. 13:38- 39
Precisamos ser zelosos para pregarmos a mensagem do evan- gelho com clareza, a mensagem de que o homem é justificado unicamente pela fé na obra de Cristo e não pelo seu bom compor- tamento.
2. A pregação da lei gera morte
Segundo a lei tudo depende do homem e da sua obediência. Segundo a graça tudo depende de Jesus e do que ele realizou na cruz. A lei exige justiça; mas a graça concede justiça. A lei diz: “faça!” Mas a graça diz: “Eu faço por você!”
Tudo sobre a lei tem a ver com você olhando para si mes- mo. Mas tudo sobre a graça tem a ver com você vendo a Jesus.
O qual nos habilitou para sermos mi- nistros de uma nova aliança, não da le- tra, mas do espírito; porque a letra mata, mas o espírito vivifica. II Cor 3:6
Precisamos saber claramente a diferença entre a Nova e a Velha Aliança. Se pregamos a Velha aliança estamos pregando a letra que mata. Essa é a razão porque há morte em nossos cultos.
Vamos ver um paralelo entre a lei e a graça.

Sob a velha aliança da lei...
1. Deus exigia justiça do homem.
2. Deus visitará os seus pecados até a terceira e quarta gerações (Êx. 20:5).
3. Os filhos de Israel só eram abençoados se obedecessem perfeitamente aos mandamentos de Deus – interna e externamente (Dt. 28:13-14).
4. Os filhos de Israel eram amaldiçoados se não obedecessem perfeitamente aos mandamentos de Deus (Dt. 28:15,16, 18,20).
5. Depender de esforço próprio produz um comportamento sem transformação do coração.

Sob a nova aliança da graça ...
1. Deus transmite justiça ao homem através da obra consumada de Jesus (Rm. 4:5-7).
2. Deus jamais se lembrará dos seus pecados (Hb. 8:12; 10:17) ..
3. Os crentes não precisam depender dos próprios esforços para receber as bênçãos de Deus, porque Jesus cumpriu todas as exigências da lei em seu lugar (Cl. 2:14).
4. Os crentes podem desfrutar das bênçãos e do favor imerecido de Deus porque, na cruz, Cristo se tornou maldição por eles (Gl. 3:13).
5. Ao contemplar o Senhor somos transformados na sua imagem de glória em glória. (2 Cor. 3:18).



Sob a velha aliança da lei...
6. Os sacrifícios de sangue de animais cobriam os pecados dos filhos de Israel durante apenas um ano; o processo tinha de ser repetido a cada ano (Hb. 10:3).
7. A obediência à lei não tinha o poder de eliminar o pecado de suas vidas. A lei não tem poder para tornar alguém santo, justo e bom.
8. Os filhos de Israel eram desviados de sua confiança na bondade de Deus porque sempre olhavam para si mesmos, para ver quão bem ou mal se saíam (estavam sempre conscientes de si mesmos).
9. Os filhos de Israel não podiam entrar no santo dos santos (onde estava a presença de Deus). Somente o sumo sacerdote podia fazê-lo, somente uma vez por ano, no Dia da Expiação (Lv. 16:2,14).
10. Os filhos de Israel estavam sob o ministério da morte (2

Sob a nova aliança da graça ...
6. O sangue de Jesus removeu os pecados – passados, presentes e futuros – dos crentes, completa e perfeitamente, de uma vez por todas (Hb. 10:11-12).
7. O pecado não tem domínio sobre os crentes (Rm. 6:14), pois o poder de Jesus para vencer a tentação se manifesta quando eles sabem que são justos em Cristo, independentemente de suas obras (Rm. 4:6).
8. Os crentes possuem uma tremenda confiança e segurança em Cristo porque, agora, olham para Jesus e não para si mesmos (estão conscientes de Cristo).
9. Os crentes podem entrar na santa presença de Deus, como também podem chegar-se com ousadia ao Seu trono de graça para encontrar misericórdia e graça em suas necessidades, devido à perfeita expiação de Jesus (Hb. 4:16).
10. Os crentes estão sob o ministério da vida abundante de Jesus (2 Cor. 3:6; Jo. 10:10).


Pregar a velha aliança produz morte. Paulo diz no verso 7 que a Velha Aliança é o ministério da morte. A principal causa de morte nas igrejas é a pregação da lei.
3. A pregação da lei não produz transformação
A lei pode trazer condenação, mas ela não tem poder para transformar o homem. Somos habituados e pensar que a trans- formação é fruto do nosso esforço e empenho, mas Paulo diz que somos transformados apenas por contemplar o Senhor.
E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a gló- ria do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito. II Cor. 3:18
Contemplar é algo que não exige esforço humano. Eu pre- ciso apenas me disciplinar para não ser distraído por outras coisas enquanto estou contemplando.
Na Nova Aliança nós mostramos o Senhor em nossa pre- gação e quando as pessoas o contemplam elas são transformadas.
4. A pregação da lei não precisa de revelação do Espírito
A lei é muito simples e se constitui na base do pensamento das religiões do mundo. Se fizer o bem eu ganho, se fizer o que é mal eu perco. Ninguém precisa de revelação do Espírito para en- tender esse princípio.
Mas a verdade da graça é completamente diferente. É preci- so luz do Espírito para que a pessoa entenda como aquele que não merece pode ser abençoado. É preciso de revelação para en- tender que a nossa relação com Deus não é baseada em nosso mérito. Se a luz do Espírito o evangelho é loucura. mas a lei é vista como algo sensato.
5. A lei é a árvore do conhecimento, mas a graça é a árvore da vida
A Palavra de Deus diz que no princípio havia duas árvores no Éden: a árvore da Vida e a árvore do conhecimento do bem e
do mal. A árvore da vida aponta para o Senhor Jesus e consequentemente representa a graça e o favor de Deus. A árvore do conhecimento do bem e do mal, por outro, aponta para a lei. É a lei que faz conhecedores do bem e do mal. A vontade de Deus nunca foi que comêssemos da árvore do conhecimento do bem e do mal, pois o resultado disso é morte. Paulo diz que o ministério da lei é morte (II Cor. 3:7).
O conhecimento do bem e do mal que a lei traz não nos faz ficar mais próximos de Deus, pelo contrário. Se estiver debaixo da lei a única coisa que você terá é religião. Mas Deus está procuran- do um relacionamento conosco baseado na sua bondade, no seu amor e na sua graça. Quando o homem compartilha da árvores do conhecimento do bem e do mal, ele começa a depender dos seus esforços para fazer o bem e manter-se longe do mal. E quan- do o homem depende do seu esforço próprio, o resultado é o fracasso e morte.
Não pense, porém, que a árvore do conhecimento do bem e do mal seja do diabo. Ela é de Deus e foi o próprio Deus que a plantou no jardim. Mas ela não foi feita para que o homem co- messe dela. No mesmo princípio, embora a lei do Senhor seja santa, justa e boa, ela não foi concebida para que o homem a guardasse.
Todas as religiões são baseadas na árvores do conhecimen- to do bem e do mal, todas estão baseadas na lei, por todas escravi- zam o homem e não podem salvá-lo. Certa vez C. S. Lewis foi convidado para um debate sobre religiões comparadas. Ele era conhecido como cristão e era professor da Universidade de Oxford, assim ele foi convidado para representar o cristianismo. A primei- ra pergunta que foi feita aos representantes de cada religião foi: “o que a sua religião possui de único em relação a todas as ou- tras?” Todos os debatores responderam, mas nenhum pode falar de uma diferença grande entre eles, pois todas as religiões seguem basicamente a lei Se o seguidor se comporta bem é abenlçoado, mas se age mal é punido. Quando chegou a vez de C. S. Lewis responder ele disse: “Se eu disser que os ensinos de Jesus e o seu
alto padrão moral tornam o cristianismo único poderia ser que outros afirmassem que seus mestres possuem esninamentos ele- vados também. Se disser que a ressurreição faz do cristianismo único poderia ser que alguma outra religião também afirmasse algo semelhante. Mas existe algo que torna o cristianismo único e diferente de todas as outras religiões: a graça de Deus. Em toda religião os bons sção abençoados e os maus são castigados, mas no cristianismo a graça de Deus inverte esse lógica. Deus resolveu abençoar aquele que não merece, mas crê na sua graça. Assim, quanto mais o homem é pecador, mais graça de Deus ele experi- menta.
Saia da religião e venha desfrutar da graça de Deus. Não há mais julgamento para você. Pare de depender da árvore do conhe- cimento e viver uma religião vazia como todas as outras. Não transforme o cristianismo numa religião. Não espere conhecer o bem o e mal para ser justificado. Desfrute do que Cristo conquis-tou para você na cruz.

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