O
objetivo de toda pregação é levar os irmãos à obediência. Tanto os profetas do
Velho Testamento como o próprio Senhor Jesus enfatizavam a mudança de
comportamento e o arrependi- mento que leva à obediência. Nós pregamos para
produzir obediência.´
Devemos
sempre pregar para obter uma resposta. Precisa- mos levar as pessoas a agirem
de acordo com a palavra que estamos liberando.
1. Todo
comportamento é baseado em uma crença
Precisamos
ter muito cuidado com aquilo que cremos, pois aquilo em que acreditamos sempre
vai gerar em nós um compor- tamento. Na verdade nossas ações são o fruto de
nossa crença, o conteudo do que cremos. Se cremos de maneira errada o resulta-
do será um comportamento errado. Não adianta tentar mudar o comportamente sem
primeiro mudar a crença que o apoia.
Não
existem doutrinam neutras ou teologias neutras. Tudo aquilo em que cremos vai
afetar o nosso comportamento. Se a sua vida cristã não tem avançado é porque há
algum ensino errado. Há alguma convicção em desarmonia com a verdade do evange-
lho.
2.
Atrás de cada pecado há uma mentira que eu acredito
Atrás
de cada pecado há uma mentira. O fato é que as pes- soas muitas vezes escolhem
crer em mentiras e por isso permane- cem na prática do pecado. Aquele que vive
no pecado está debai- xo do espírito de engano e de mentira. O grande desafio e
a parte mais difícil é descobrir a mentira por trás do comportamento. Quanto
mais você se torna experiente no ministério, mais rápido você perceberá as
mentiras.
Comece
a observar as mentiras por trás do comportamento das pessoas em sua igreja.
Quando você lidar com essas falácias, você começará a ver mudanças na vida
deles.
Existem
muitas mentiras que as pessoas acreditam, mas dei- xe-me mencionar algumas. Uma
crença comum é o pensamento: “Deus sabe que é assim que eu sou. Ele me fez
assim”. A verdade é que Deus nos fez perfeitos; mas nós escolhemos pecar. Por
isso ele ordena que nos arrependamos.
Também
existem pessoam que pensam da seguinte manei- ra: “Eu posso pedir perdão
depois”. Mas isso é rebelião. É um mal uso da graça de Deus.
“Se
as minhas intenções são boas, então está tudo bem”, afirmam alguns em sua
mente. Mas pergunte isso a Uzá (II Sm. 6, I Cro. 15:13). A sua intenção era das
melhores. Ele apenas queria impedir que a Arca caísse. Muitos acreditam que os
fins justifi- cam os meios.
Muitos
se desculpam dizendo que a maioria das pessoas faz o mesmo. Eles pensam: “A
maioria das pessoas faz assim.” Mas nós não seguimos a maioria, seguimos a
Palavra de Deus. Foi a multidão quem escolheu a Barrabás. A verdade é aquilo
que a Palavra de Deus diz e não aquilo que a maioria diz.
3. Toda
mudança começa sempre na mente
O
velho ditado é verdadeiro: “Semeie um pensamento, co- lha um ato; semeie um
ato, colha um hábito; semeie um hábito,
colha
um caráter; semeie um caráter, colha um destino.” Veja que tudo começa na
mente, assim se queremos mudança precisamos primeiro mudar nossas crenças na
mente.
Romanos
12:2 diz somos transformados pela renovação da nossa mente. A maneira como você
pensa determina a maneira como você se sente, e os seus sentimentos vão
determinar os seu comportamento.
Não
adianta tentar mudar o comportamento diretamente, é preciso mudar primeiro o
pensamento ou a crença que o apoia.
A
forma como Deus nos transforma é pela Palavra. Como renovamos a nossa mente
usando a palavra? Simplesmente rece- bendo-a em nosso coração como a verdade de
Deus.
A
primeira maneira de recebermos a Palavra é ouvindo-a. Quando ouvimos a Palavra
estamos renovando a nossa mente e desta forma nos submetendo a uma mudança
metabólica.
Muitas
pessoas pensam que ir ao culto na igreja é algo se- cundário e sem importância.
Isto não é verdade. Quando nos reu- nimos para ouvir a palavra estamos nos
alimentando e sendo trans- formados.
Além
de ouvir, precisamos de ter outras práticas relaciona- das à palavra como vemos
em Josué 1:8.
Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então,
farás prosperar o teu caminho e serás bem- sucedido. Js. 1:8
þ Falando a palavra
þ Meditando na palavra
þ Praticando a palavra
Todavia não é a letra da palavra apenas, mas
a revelação. Mt 16:13-17 nos mostra que Pedro foi transformado pela revelação e
pela confissão. Na Bíblia a mudança de nome significa transfor- mação de vida
como aconteceu com Jacó e Pedro. Foi sua confis-
são e
revelação que o transformou de Simão em Pedro.
Depois em sua epístola Pedro nos
mostra que a igreja é
edificada
com pedras, ou seja, pessoas que são transformadas.
A transformação é para a
edificação da igreja. É por isso que antes de falar da vida da Igreja
precisamos enfatizar a necessi-
dade
de transformação e separação do mundo.
Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens,
mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem,
sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo. I Pe 2:4- 5.
4.
Mudar a mente é mudar as crenças
Para
ajudar as pessoas a mudar, você tem que ajudá-las a ver a mentira em que elas
estão baseando seu comportamento. Nós confrontamos a mentira montrando-lhes a
verdade. Jesus disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João
8:32).
Se
você quiser que as pessoas sejam mudadas radicalmente e permanentemente, você
tem que fazê-lo da maneira do Novo Testamento. Elas sãos transformadas pela
renovação da sua men- te. Apenas dizer às pessoas : “Você precisa parar com
esse com- portamento... Você precisa parar de fazer isso ... Você precisa pa-
rar de fazer aquilo...” simplesmente não vai funcionar. Você tem que ajudá-las
a mudar seu padrão de crença.
5 . O
termo bíblico para “mudança de mente” é “arrependimento”
O
verdadeiro arrependimento é reconhecer que estávamos acreditando numa mentira e
então recebermos a verdade da Pala-
vra
de Deus. O verdadeiro arrependimento nem é tanto do peca- do, mas da crença que
o apoiava. É por isso que Hebreus 6 fala do arrependimento de obras mortas. As
obras mortas não são o com- portamento, mas a crença errada que o apoiava.
A
maioria das pessoas pensa em arrependimento como algo relacionado apenas com a
salvação. Mas arrendimento vem do grego “metanóia” que significa mudança de
mente.
O
arrependimento é mudar a maneira como pensamos so- bre algo, ao aceitar a
maneira que Deus pensa a respeito daquilo. Usando uma expressão moderna,
podemos dizer que arre-
pendimento
é uma “mudança de paradigma”. Nós, pastores, estamos no negócio de mudança de
paradigma. Estamos no negó- cio de arrependimento. Trabalhamos para que a mente
das pesso- as seja mudada num nível mais profundo, o nível de crença e dos
valores.
6. Você
não muda a mente das pessoas, somente a Palavra de Deus o faz
Nós
mesmos não mudamos ninguém, mas a Palavra de Deus sendo liberada através de nós
certamente pode mudar as pessoas. I Coríntios 2:13 diz que nós falamos, não em
palavra ensi- nadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, confe-
rindo
coisas espirituais com espirituais.
Na pregação nós somos apenas o altofalante,
mas a Palavra
de
Deus é a realidade que transforma as pessoas. Por isso não tente mudar as
pessoas, libere a palavra que tem poder para isso.
O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na
mi- nha língua. II Samuel 23:2
Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR
dos Exércitos. Zacarias 4:6 RC
7.
Mudança de comportamento é o fruto do arrependimento
O
arrependimento não é realmente mudança de comporta- mento. Mudança de
comportamento é o resultado do arrependi- mento. O arrependimento não significa
em primeiro lugar aban- donar o pecado, mas significa simplesmente mudar de
idéia, de pensamento e de crença. João Batista disse em Mateus 3:8 que devemos
produzir frutos dignos de arrependimento. Em outras palavras, você pode dizer
ao irmão: “Ok, você mudou de idéia sobre Deus, sobre a vida, sobre o pecado e
sobre si mesmo, agora vamos ver algums resultados disso”.
Toda
semana , eu tento comunicar a Palavra de Deus de tal forma que as pessoas mudem
a sua forma de pensar. A palavra “arrependimento” assumiu uma imagem negativa,
por isso eu ra- ramente a uso, mas a verdade é que eu prego arrependimento
todas as semanas.
O
arrependimento é a mensagem central do Novo Testa- mento. Como pregadores do
Novo Testamento precisamos tam- bém pregar o arrependimento.
João Batista
disse: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2).
Jesus
disse: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mar- cos 1:15).
Jesus
mandou que seus discípulos saíssem e pregassem o arrependimento (Marcos 6:12).
No
dia de pentecostes o que Pedro pregou? “Arrependei- vos, e cada um de vós seja
batizado em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38).
Eu
acredito que uma das grandes fraquezas de uma prega- ção é deixar de confrontar
as crenças erradas na mente das pesso- as. Muitos têm receio de desafiar e
confrontar aquilo que tornou- se um consenso no meio do povo. É preciso coragem
para fazer isso porque eles podem rejeitá-lo. Eles podem rejeitar a sua men-
sagem e se voltarem contra você.
Antes
de pregar a Palavra você mesmo precisa se arrepen- der daquilo que você crê a
respeito da pregação. Muitos acreditam que ela é algo secundário e sem poder.
Outros acreditam que ela é apenas uma parte da liturgia do culto. E há aqueles
que simples- mente não acreditam que a pregação da Palavra tenha poder para
mudar as vidas. É preciso se arrepender de tais crenças.
8.
Quando você crê, então você fala
Para
sabermos em que uma pessoa crê basta observarmos suas palavras. As palavras
fluem de nossas crenças e convicções. Por isso precisamos mudar a nossa confissão
quando mudamos a nossa crença.
A
confissão não é para gerar uma realidade, mas para reafirmá-la e fortalecê-la.
Você não confessa que é justo a fim de se tornar justo. Você confessa que é
justo porque já é justo. Esta é a sua realidade por causa do sangue de Jesus
que o justificou. Isso deve ser aplicado a todas as verdades espirituais. Você
já é rico porque Ele se fez pobre para que pela sua pobreza nos tornásse- mos
ricos (II Cor. 8:9). Nós confessamos a verdade para ficarmos mais conscientes
da sua realidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário