domingo, 20 de abril de 2014

A pregação que transforma vidas



O objetivo de toda pregação é levar os irmãos à obediência. Tanto os profetas do Velho Testamento como o próprio Senhor Jesus enfatizavam a mudança de comportamento e o arrependi- mento que leva à obediência. Nós pregamos para produzir obediência.´
Você somente pode dizer que crê na Palavra se você a prati- ca. Quando você realmente crê, então você pratica. As pessoas dizem que acreditam no dízimo, mas elas dão o dízimo? Não? Então elas realmente não acreditam.
Devemos sempre pregar para obter uma resposta. Precisa- mos levar as pessoas a agirem de acordo com a palavra que estamos liberando.

1. Todo comportamento é baseado em uma crença
Precisamos ter muito cuidado com aquilo que cremos, pois aquilo em que acreditamos sempre vai gerar em nós um compor- tamento. Na verdade nossas ações são o fruto de nossa crença, o conteudo do que cremos. Se cremos de maneira errada o resulta- do será um comportamento errado. Não adianta tentar mudar o comportamente sem primeiro mudar a crença que o apoia.
Não existem doutrinam neutras ou teologias neutras. Tudo aquilo em que cremos vai afetar o nosso comportamento. Se a sua vida cristã não tem avançado é porque há algum ensino errado. Há alguma convicção em desarmonia com a verdade do evange- lho.
2. Atrás de cada pecado há uma mentira que eu acredito
Atrás de cada pecado há uma mentira. O fato é que as pes- soas muitas vezes escolhem crer em mentiras e por isso permane- cem na prática do pecado. Aquele que vive no pecado está debai- xo do espírito de engano e de mentira. O grande desafio e a parte mais difícil é descobrir a mentira por trás do comportamento. Quanto mais você se torna experiente no ministério, mais rápido você perceberá as mentiras.
Comece a observar as mentiras por trás do comportamento das pessoas em sua igreja. Quando você lidar com essas falácias, você começará a ver mudanças na vida deles.
Existem muitas mentiras que as pessoas acreditam, mas dei- xe-me mencionar algumas. Uma crença comum é o pensamento: “Deus sabe que é assim que eu sou. Ele me fez assim”. A verdade é que Deus nos fez perfeitos; mas nós escolhemos pecar. Por isso ele ordena que nos arrependamos.
Também existem pessoam que pensam da seguinte manei- ra: “Eu posso pedir perdão depois”. Mas isso é rebelião. É um mal uso da graça de Deus.
“Se as minhas intenções são boas, então está tudo bem”, afirmam alguns em sua mente. Mas pergunte isso a Uzá (II Sm. 6, I Cro. 15:13). A sua intenção era das melhores. Ele apenas queria impedir que a Arca caísse. Muitos acreditam que os fins justifi- cam os meios.
Muitos se desculpam dizendo que a maioria das pessoas faz o mesmo. Eles pensam: “A maioria das pessoas faz assim.” Mas nós não seguimos a maioria, seguimos a Palavra de Deus. Foi a multidão quem escolheu a Barrabás. A verdade é aquilo que a Palavra de Deus diz e não aquilo que a maioria diz.
3. Toda mudança começa sempre na mente
O velho ditado é verdadeiro: “Semeie um pensamento, co- lha um ato; semeie um ato, colha um hábito; semeie um hábito,
colha um caráter; semeie um caráter, colha um destino.” Veja que tudo começa na mente, assim se queremos mudança precisamos primeiro mudar nossas crenças na mente.
Romanos 12:2 diz somos transformados pela renovação da nossa mente. A maneira como você pensa determina a maneira como você se sente, e os seus sentimentos vão determinar os seu comportamento.
Não adianta tentar mudar o comportamento diretamente, é preciso mudar primeiro o pensamento ou a crença que o apoia.
A forma como Deus nos transforma é pela Palavra. Como renovamos a nossa mente usando a palavra? Simplesmente rece- bendo-a em nosso coração como a verdade de Deus.
A primeira maneira de recebermos a Palavra é ouvindo-a. Quando ouvimos a Palavra estamos renovando a nossa mente e desta forma nos submetendo a uma mudança metabólica.
Muitas pessoas pensam que ir ao culto na igreja é algo se- cundário e sem importância. Isto não é verdade. Quando nos reu- nimos para ouvir a palavra estamos nos alimentando e sendo trans- formados.
Além de ouvir, precisamos de ter outras práticas relaciona- das à palavra como vemos em Josué 1:8.
Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então, farás prosperar o teu caminho e serás bem- sucedido. Js. 1:8
            þ  Falando a palavra
            þ  Meditando na palavra
            þ  Praticando a palavra Todavia não é a letra da palavra apenas, mas a revelação. Mt 16:13-17 nos mostra que Pedro foi transformado pela revelação e pela confissão. Na Bíblia a mudança de nome significa transfor- mação de vida como aconteceu com Jacó e Pedro. Foi sua confis-
são e revelação que o transformou de Simão em Pedro.
Depois em sua epístola Pedro nos mostra que a igreja é
edificada com pedras, ou seja, pessoas que são transformadas.
A transformação é para a edificação da igreja. É por isso que antes de falar da vida da Igreja precisamos enfatizar a necessi-
dade de transformação e separação do mundo.
Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. I Pe 2:4- 5.
4. Mudar a mente é mudar as crenças
Para ajudar as pessoas a mudar, você tem que ajudá-las a ver a mentira em que elas estão baseando seu comportamento. Nós confrontamos a mentira montrando-lhes a verdade. Jesus disse: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (João 8:32).
Se você quiser que as pessoas sejam mudadas radicalmente e permanentemente, você tem que fazê-lo da maneira do Novo Testamento. Elas sãos transformadas pela renovação da sua men- te. Apenas dizer às pessoas : “Você precisa parar com esse com- portamento... Você precisa parar de fazer isso ... Você precisa pa- rar de fazer aquilo...” simplesmente não vai funcionar. Você tem que ajudá-las a mudar seu padrão de crença.
5 . O termo bíblico para “mudança de mente” é “arrependimento”
O verdadeiro arrependimento é reconhecer que estávamos acreditando numa mentira e então recebermos a verdade da Pala-
vra de Deus. O verdadeiro arrependimento nem é tanto do peca- do, mas da crença que o apoiava. É por isso que Hebreus 6 fala do arrependimento de obras mortas. As obras mortas não são o com- portamento, mas a crença errada que o apoiava.
A maioria das pessoas pensa em arrependimento como algo relacionado apenas com a salvação. Mas arrendimento vem do grego “metanóia” que significa mudança de mente.
O arrependimento é mudar a maneira como pensamos so- bre algo, ao aceitar a maneira que Deus pensa a respeito daquilo. Usando uma expressão moderna, podemos dizer que arre-
pendimento é uma “mudança de paradigma”. Nós, pastores, estamos no negócio de mudança de paradigma. Estamos no negó- cio de arrependimento. Trabalhamos para que a mente das pesso- as seja mudada num nível mais profundo, o nível de crença e dos valores.
6. Você não muda a mente das pessoas, somente a Palavra de Deus o faz
Nós mesmos não mudamos ninguém, mas a Palavra de Deus sendo liberada através de nós certamente pode mudar as pessoas. I Coríntios 2:13 diz que nós falamos, não em palavra ensi- nadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, confe-
rindo coisas espirituais com espirituais.
Na pregação nós somos apenas o altofalante, mas a Palavra
de Deus é a realidade que transforma as pessoas. Por isso não tente mudar as pessoas, libere a palavra que tem poder para isso.
O Espírito do SENHOR fala por meu intermédio, e a sua palavra está na mi- nha língua. II Samuel 23:2
Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos. Zacarias 4:6 RC
7. Mudança de comportamento é o fruto do arrependimento
O arrependimento não é realmente mudança de comporta- mento. Mudança de comportamento é o resultado do arrependi- mento. O arrependimento não significa em primeiro lugar aban- donar o pecado, mas significa simplesmente mudar de idéia, de pensamento e de crença. João Batista disse em Mateus 3:8 que devemos produzir frutos dignos de arrependimento. Em outras palavras, você pode dizer ao irmão: “Ok, você mudou de idéia sobre Deus, sobre a vida, sobre o pecado e sobre si mesmo, agora vamos ver algums resultados disso”.
Toda semana , eu tento comunicar a Palavra de Deus de tal forma que as pessoas mudem a sua forma de pensar. A palavra “arrependimento” assumiu uma imagem negativa, por isso eu ra- ramente a uso, mas a verdade é que eu prego arrependimento todas as semanas.
O arrependimento é a mensagem central do Novo Testa- mento. Como pregadores do Novo Testamento precisamos tam- bém pregar o arrependimento.
João Batista disse: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus” (Mateus 3:2).
Jesus disse: “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mar- cos 1:15).
Jesus mandou que seus discípulos saíssem e pregassem o arrependimento (Marcos 6:12).
No dia de pentecostes o que Pedro pregou? “Arrependei- vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo” (Atos 2:38).
Eu acredito que uma das grandes fraquezas de uma prega- ção é deixar de confrontar as crenças erradas na mente das pesso- as. Muitos têm receio de desafiar e confrontar aquilo que tornou- se um consenso no meio do povo. É preciso coragem para fazer isso porque eles podem rejeitá-lo. Eles podem rejeitar a sua men- sagem e se voltarem contra você.
Antes de pregar a Palavra você mesmo precisa se arrepen- der daquilo que você crê a respeito da pregação. Muitos acreditam que ela é algo secundário e sem poder. Outros acreditam que ela é apenas uma parte da liturgia do culto. E há aqueles que simples- mente não acreditam que a pregação da Palavra tenha poder para mudar as vidas. É preciso se arrepender de tais crenças.
8. Quando você crê, então você fala
Para sabermos em que uma pessoa crê basta observarmos suas palavras. As palavras fluem de nossas crenças e convicções. Por isso precisamos mudar a nossa confissão quando mudamos a nossa crença.
A confissão não é para gerar uma realidade, mas para reafirmá-la e fortalecê-la. Você não confessa que é justo a fim de se tornar justo. Você confessa que é justo porque já é justo. Esta é a sua realidade por causa do sangue de Jesus que o justificou. Isso deve ser aplicado a todas as verdades espirituais. Você já é rico porque Ele se fez pobre para que pela sua pobreza nos tornásse- mos ricos (II Cor. 8:9). Nós confessamos a verdade para ficarmos mais conscientes da sua realidade.

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